NIC.br divulga segunda parte da pesquisa TIC Domicílios sobre o uso da internet no Brasil
Realizado em 2006, estudo aborda os módulos sobre comércio eletrônico, governo eletrônico, segurança na rede, uso de e-mail e spam em domicílios brasileiros
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto br — NIC.br ( www.nic.br ), entidade civil sem fins lucrativos criada para implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, o CGI.br ( www.cgi.br ), apresenta os resultados dos módulos de comércio eletrônico, governo eletrônico, segurança na rede, uso de e-mail e spam da 2ª Pesquisa Sobre Uso da Tecnologia da Informação e da Comunicação no Brasil, a TIC Domicílios 2006. Realizado entre julho e agosto do ano passado em todo o território nacional, o estudo investigou 10.510 domicílios na zona urbana, entrevistando pessoas com 10 anos ou mais, nas cinco regiões do país.
Segundo a TIC Domicílios 2006 continua pequeno o número de internautas realizando compras ou usando serviços de governo eletrônico pela rede. Apenas 14% dos indivíduos que já acessaram a internet declararam ter adquirido bens e serviços pela rede pelo menos uma vez na vida, percentual que somava pouco mais de 15% em 2005. “E ainda é menor o número de pessoas vendendo ou divulgando produtos e serviços pela rede, cerca de 3,7%, e na sua maioria homens, pessoas com maior escolaridade e de classe social mais alta”, afirma Mariana Balboni, gerente do CETIC.br.
O percentual da população brasileira que usou serviços de governo eletrônico nos últimos 12 meses também se manteve estável em relação ao ano anterior, somando 12,1% - lembrando que foram consultados apenas indivíduos com mais de 16 anos, que estão em idade para se relacionar com órgãos públicos.
“As atividades de governo eletrônico e de comércio eletrônico estão diretamente relacionadas a fatores sócio-econômicos, ou seja, sua penetração cresce conforme aumentam a classe social, a renda e a escolaridade”, explica Mariana.
Comércio eletrônico
O percentual de internautas que realizaram compras na internet nos últimos 12 meses (11,3%) manteve-se igual de 2005 para 2006. O uso da rede para atividades de comércio eletrônico é mais freqüente entre indivíduos com maior nível de escolaridade e renda: entre os internautas da classe A, 40,5% compraram pela rede, enquanto somente 10,8% dos usuários de classe C informaram ter adquirido bens e serviços pela internet.
Livros, revistas ou jornais continuam na lista dos produtos mais comprados pela internet, segundo 30% dos consumidores internautas, seguidos por equipamentos eletrônicos, 23,6%, filmes e músicas, 20,8%, e computadores e equipamentos de informática, 19,3%. A forma de pagamento mais comum é o cartão de crédito, 49,5% (em 2005, 47%), sendo que um percentual significativo ainda se utiliza de boletos bancário, 39% (em 2005, 35%).
A proporção dos indivíduos que teve problemas ao adquirir produtos pela rede mantém-se baixo, 9,2%. Em 2005 era 7,5%. A falta de interesse ou necessidade (43,45%) ainda é o principal motivo apresentado em 2006 dentre aqueles que nunca realizaram compras pela internet. Entre outras razões estão a preferência por realizar compras pessoalmente (39,2%) e a preocupação com problemas de segurança (19,9%). Outros 16,7% dos entrevistados declararam não confiar no produto que vão receber, percentual que cresceu significativamente em relação aos 4,2% informados em 2005.
Governo eletrônico
Entre os internautas que usaram a rede nos últimos 12 meses, a consulta ao CPF (66%) e a entrega de declaração de imposto de renda (48,1%) continuam sendo os serviços mais utilizados. Em 2005 estes percentuais eram de 51,5% e 39,7%, respectivamente.
Houve um crescimento significativo na busca por informações relacionadas aos serviços de ensino público, 38,9%, e a inscrição em concursos públicos, 36,7%, se comparado ao ano anterior. Em 2005 estes percentuais eram de 22% e 27,6%, respectivamente.
Já entre o total da população que não usou serviços de governo eletrônico, 34,6% afirmou que gostaria de usá-los para pesquisar informações sobre empregos, 33,5% para consultar o CPF e 32,7% para buscar dados sobre serviços públicos de saúde.
Segurança na rede
44,5% dos usuários de Internet declararam não ter encontrado problemas de segurança este ano – em 2005 foram 41%. O problema mais freqüente continua sendo o ataque de vírus com perda de informação ou que resultou em acesso não autorizado (20,3%), seguido pelo ataque de vírus com danos em software ou hardware (7,9%). Não houve variação desses indicadores em relação a 2005 (19,6% e 7,1%, respectivamente).
Entre os internautas que possuem computador no domicílio, a maioria adotou práticas de segurança com relação ao equipamento (72,7%). A medida de segurança mais difundida ainda é o antivírus, correspondendo a 70,2% dos entrevistados (69,8% em 2005), sendo que sua utilização é maior entre os homens e as pessoas das classes AB.
Uso do e-mail e spam
Quanto ao uso do e-mail, 62,5% das pessoas que utilizaram a internet nos últimos 3 meses informaram ter ao menos uma conta de e-mail de uso pessoal. O tipo mais popular continua sendo o e-mail gratuito, adotado por 56,4% (54,5% em 2005). Apenas 9% possuem contas pagas – percentual que caiu significativamente em relação aos 13,8% registrados em 2005 – e 4,7% têm contas de trabalho (4,3% em 2005). O Norte é a região que possui o maior índice de internautas sem contas de e-mail, 50,5%, enquanto no Sul, Sudeste e Centro-Oeste este percentual fica em torno de 35%.
Entre os usuários de internet que possuem conta de e-mail, o percentual de usuários que receberam spam em 2006 não mudou (51,9%). Também não variou a freqüência de recebimento: 46,6% diariamente; 38,4% semanalmente e 12,8 mensalmente.
Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação (NIC.br)
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br ( www.nic.br ) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, criada para implementar as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br ( www.cgi.br ), que é o responsável por coordenar e integrar as iniciativas de serviços da Internet no País. O NIC.br é o braço executivo do CGI.br e responde pelo registro de nomes de domínio (Registro.br – www.registro.br ), pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br – www.cert.br ), pela implantação e operação dos Pontos de Troca de Tráfego (PTT.br – www.ptt.br ) e pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br – www.cetic.br ), cujo objetivo é produzir e divulgar informações sobre a disponibilidade e o uso da Internet no país.
Empresa: Núcleo de Informação e Coordenação (NIC.br)
Fonte: Mariana Balboni, gerente do CETIC.br
Internet: www.nic.br
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