Empresas integram medidor de qualidade da Internet desenvolvido pelo NIC.br em seus produtos

Equipamentos de rede da Intelbras, Datacom, TP-Link e soluções em cibersegurança da Blockbit estão saindo de fábrica com o SIMET embarcado, o que contribuirá para a produção de dados sobre o nível da conectividade no país

As fabricantes de equipamentos de rede Intelbras, Datacom, TP-Link e a especialista em cibersegurança Blockbit passaram a integrar em alguns de seus produtos o SIMET, software desenvolvido pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) para aferir a qualidade da Internet. Ao embarcarem o medidor em suas soluções, as empresas ajudam a promover o uso da tecnologia e, consequentemente, colaboram para o desenvolvimento da Internet no Brasil. Isso porque o SIMET permite avaliações precisas e constantes do desempenho da conexão à rede, possibilitando que o provedor de acesso à Internet monitore a qualidade do serviço prestado e faça ajustes quando necessário. Ele pode ainda fornecer dados produzidos por meio da medição para apoiar projetos e políticas de conectividade.

O Supervisor de Projetos de Medição do NIC.br, Holger Wiehen, destaca que a integração do SIMET por fabricantes de equipamentos é um marco importante para o Sistema de Medição de Tráfego Internet (SIMET). “Com o medidor embarcado, é possível monitorar a conexão de Internet continuamente, e com maior qualidade, sendo tecnicamente superior a outras formas de medição, como, por exemplo, aqueles por aplicativo". A pronta oferta desses produtos no mercado permitirá maior disseminação do SIMET, eliminando barreiras. "Nosso objetivo é ampliar a oferta”, explica.

O medidor SIMET é uma tecnologia criada pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologias de Redes e Operações (Ceptro.br), departamento do NIC.br. A metodologia utilizada segue rigorosos padrões internacionais, o que garante mensurações sólidas, 100% independentes e comparáveis globalmente. Oferecidas gratuitamente, as ferramentas SIMET realizam análises sobre vários aspectos da rede, incluindo as métricas: vazão, latência, jitter e perda de pacotes. Os dados resultantes das medições são agrupados e anonimizados, servindo de subsídio essencial para fomentar estudos, gerar análises e propor ações que resultem em uma melhoria real na Internet no país.

Além disso, os dados do SIMET embasam ações internacionais, como o projeto GIGA/UNICEF, e o mapeamento da infraestrutura global realizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), contribuindo para a compreensão dos esforços brasileiros na redução da desigualdade digital.

Oportunidade e custo-benefício

Com a instalação do SIMET em seus produtos, as fabricantes adicionam uma solução de medição já pronta para uso, usufruindo de vantagens que são estendidas a seus clientes.

A Intelbras, empresa brasileira especializada em soluções de segurança, conectividade e energia, integrou o SIMET nativamente no roteador R3005G. “Foi uma decisão motivada pela necessidade de ter uma ferramenta poderosa e neutra para diagnosticar a qualidade da conexão de Internet, além de contribuir para o esforço nacional de melhoria da Internet no Brasil”, explica o Supervisor de Categoria Switches da companhia, Tadeu Fedrigo. Ele explica que a iniciativa dispensa a troca de firmware e preserva a qualidade e a garantia de fábrica para o cliente final.

Estimulada pelo programa Aprender Conectado, parte da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (ENEC), cujo objetivo é promover a inclusão digital na educação básica da rede pública, a Datacom, empresa brasileira de desenvolvimento de produtos e soluções tecnológicas, incorporou o medidor SIMET ao roteador DM2500. Um dos fornecedores selecionados para a implantação de diversos lotes do programa do governo federal, ela identificou novas oportunidades estratégicas ao concluir o processo de integração. “Com o SIMET, percebemos que existe uma demanda para sistemas de medição contínua de Internet. Sua simplicidade de implantação e baixo custo operacional o tornam viável para as mais variadas aplicações”, destaca o Gestor de Produtos da Datacom, Guilherme Salvadori.

O Omada by TP-Link, marca B2B da fabricante mundial de redes inteligentes, especializada em soluções corporativas com gerenciamento centralizado em nuvem, tinha necessidade de medir a qualidade da Internet em diversos projetos públicos e privados, principalmente aqueles voltados à educação. Por isso, integrou o SIMET a seus roteadores Wi-Fi, que faz parte da sua plataforma unificada de gerenciamento que integra todos os dispositivos de seu portfólio, como Access Points, Switches e Gateways. “Para nós, a principal vantagem é ter uma sonda de medição confiável, que consegue aferir até 900Mbps, alinhada a um baixo custo, o que resulta em um excelente custo-benefício. Temos a honra de sermos uma das primeiras empresas a ter seu produto homologado pelo NIC.br”, diz o gerente de desenvolvimento de negócios da empresa, Ismael Santos Mota.

A Blockbit, por sua vez, foi a primeira a ter o SIMET como funcionalidade nativa em soluções de NGFW (Next-Generation Firewall), SD-WAN (Software-Defined Wide Area Network) e NDR (Network Detection and Response). Para o CTO da empresa, Lucas Pereira, uma das vantagens da escolha é contribuir para um ambiente digital mais estável, eficiente e seguro. “O SIMET é um padrão nacional altamente confiável para medição da qualidade da conexão à Internet e, ao integrá-lo às nossas soluções, eliminamos a necessidade de dispositivos adicionais na rede, simplificando a infraestrutura e ampliando a capacidade de diagnóstico e resposta em tempo real”, diz, acrescentando: “A iniciativa nos posiciona na vanguarda da cibersegurança no Brasil, ao transformar nosso equipamento em um ponto único de proteção, visibilidade e controle de performance de rede, algo inédito no mercado nacional”, enfatiza.

Sobre o Ceptro.br
O Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações do NIC.br – Ceptro.br (https://ceptro.br/) tem por objetivo desenvolver projetos que visem a melhoria da qualidade da Internet e disseminar o seu uso, com especial atenção para seus aspectos técnicos e de infraestrutura. Para tanto faz medições, análise e projetos para melhorar a qualidade da Internet no Brasil, estimulando seu uso responsável e incentivando a adoção de boas práticas operacionais e de tecnologias relevantes. As ações em curso envolvem: o Portal Medições (https://medicoes.nic.br/), que reúne soluções para verificação da qualidade da Internet para consumidores, provedores e órgãos públicos, realizadas por meio do Sistema de Medição de Tráfego (SIMET); a disponibilização de servidores de tempo (NTP.br) que permitem a sincronização gratuita e segura com a Hora Legal Brasileira; o compartilhamento de caches de CDNs com o OpenCDN (https://opencdn.nic.br), possibilitando uma distribuição mais estruturada do conteúdo na Internet; cursos, eventos e outras atividades (https://ceptro.br/cursos-eventos), contribuindo para a capacitação da comunidade técnica da Internet e para a adoção de tecnologias importantes como IPv6 e RPKI; criação e disseminação de conteúdo com o Cidadão na Rede (https://cidadaonarede.nic.br), oferecendo orientações práticas para o melhor uso da Internet, no formato de vídeos curtos; entre outras atividades.

Sobre o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR — NIC.br (https://nic.br/) é uma entidade civil de direito privado e sem fins de lucro, encarregada da operação do domínio .br, bem como da distribuição de números IP e do registro de Sistemas Autônomos no País. O NIC.br implementa as decisões e projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br desde 2005, e todos os recursos arrecadados provêm de suas atividades que são de natureza eminentemente privada. Conduz ações e projetos que trazem benefícios à infraestrutura da Internet no Brasil. Do NIC.br fazem parte:  Registro.br (https://registro.br/), CERT.br (https://cert.br/), Ceptro.br (https://ceptro.br/), Cetic.br (https://cetic.br/), IX.br (https://ix.br/) e Ceweb.br (https://ceweb.br/), além de projetos como Internetsegura.br (https://internetsegura.br/) e Portal de Boas Práticas para Internet no Brasil (https://bcp.nic.br/). Abriga ainda o escritório do W3C Chapter São Paulo (https://w3c.br/).

Sobre o Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI.br
O Comitê Gestor da Internet no Brasil, responsável por estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil, coordena e integra todas as iniciativas de serviços Internet no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços ofertados. Com base nos princípios do multissetorialismo e transparência, o CGI.br representa um modelo de governança da Internet democrático, elogiado internacionalmente, em que todos os setores da sociedade são partícipes de forma equânime de suas decisões. Uma de suas formulações são os 10 Princípios para a Governança e Uso da Internet (https://cgi.br/resolucoes/documento/2009/003). Mais informações em https://cgi.br/.

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