Abertura do 14º Fórum da Internet no Brasil ressalta a necessidade do combate à desinformação no país


22 MAI 2024



Autoridades presentes reforçaram a importância da realização do evento, que acontece pela primeira vez em Curitiba (PR) 

A mesa de abertura do 14º Fórum da Internet no Brasil (FIB14), principal evento sobre governança da Internet no país promovido pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que está sendo realizado em Curitiba de 21 a 24 de maio, refletiu a proposta da importância de um ambiente multissetorial na discussão de questões referentes à Internet. Representantes do terceiro setor, da academia, do segmento empresarial e do setor governamental falaram sobre a satisfação de estarem presentes num evento de tamanha magnitude para o futuro do Brasil.

Conduzida pelo Secretário-Executivo do CGI.br, Hartmut Glaser, a abertura oficial do FIB trouxe a trágica situação do Rio Grande do Sul. “Faço questão de iniciar este evento destacando o momento dramático pelo qual nossos irmãos gaúchos estão passando, e para o qual o CGI.br doou R$ 250 mil por meio do movimento Ação pela Cidadania. É importante pensarmos num projeto com viés tecnológico e científico para diminuir o impacto desta catástrofe na região”, destacou Glaser, passando a palavra para o coordenador local do FIB14, Lacier Dias. “Desejo que o FIB seja um evento onde saibamos aproveitar toda a capacidade intelectual disponível no Paraná para encontrarmos formas de ajudar nosso país a trilhar caminhos que orientem para que as coisas de fato sejam resolvidas”, disse Dias.

Representando a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, o Coordenador de Ciência e Tecnologia, professor Ivan Carlos Vicentin, destacou o projeto estadual que irá aportar cerca de 50 milhões na iluminação de fibras e interligação de todos os ativos do Estado do Paraná, num período de 3 a 4 anos. “É inegável que o trabalho que vocês farão aqui todos estes dias é extremamente importante para enfrentarmos o futuro que é cada vez mais virtual e perigoso, mas que também traz benéfices que nossos pais não tiveram”.

A vice-reitora da Universidade Federal do Paraná, professora doutora Graciela Inés Bolzón de Muniz, fez referência ao momento de grandes mudanças pelo qual o mundo está passando e a necessidade cada vez mais veemente da conexão humana. “A Internet é este meio de conexão que permite que até mesmo lugares remotos de um país se sinta parte de um todo. Temos, cada vez mais, por meio de eventos como esse, encontrar caminhos para nos conectarmos de formas diferentes e seguras”.

Rodolfo Avelino, um dos representantes do terceiro setor no CGI.br, falou sobre as discussões que estarão em pauta na semana e o como a Internet abre oportunidades e desafios que merecem a atenção da sociedade, “Que possamos neste evento traçar o futuro de uma Internet inclusiva e diversa, que possa representar todas as comunidades do nosso país”.

O olhar do segmento empresarial sobre o evento veio na fala do representante do setor, Marcos Ferrari. “Estudei toda a programação do FIB14, comparei com anos anteriores, e ela está interessantíssima. Vocês terão o prazer de discutir aprender e acompanhar o encaminhamento de temas de extrema importância para o futuro do nosso país”, enfatizou Ferrari.

O representante da comunidade científica e tecnológica no CGIbr, Marcelo Fornazin, ressaltou a referência do Paraná no segmento, destacando o trabalho da Celepar, e reforçou a fala do FIB ser um excelente espaço para o diálogo entre os diversos setores sociais. “Somente dialogando com base nas ciências sociais e exatas, conseguiremos criar uma Internet melhor, mas inclusiva e democrática”.

Tanara Lauschner, coordenadora do Grupo de Trabalho do Fórum da Internet no Brasil, iniciou a fala destacando a política do CGI.br de levar o Fórum para várias localidades diferentes do país com o intuito de incluir a todos. “E muito feliz anuncio que esta é a edição do evento que mais teve submissão de propostas para serem discutidas. Recebemos 165 sugestões de altíssima qualidade e selecionamos 27. Parabéns aos escolhidos”, comemorou Tanara, acrescentando que até o momento haviam 1.340 pessoas inscritas no evento, entre presenciais e remotos.

Segundo a coordenadora do Grupo de Trabalho do FIB14, as propostas são analisadas por uma comissão formada por 60 integrantes, sendo 15 pessoas de cada setor e 12 de cada região geográfica. “Ou seja, cada proposta é avaliada por oito pessoas, depois é feito um ranking por meio de uma plataforma digital. “Uma das exigências na avaliação dos temas dos workshops é que tenham, no mínimo, uma pessoa de cada setor envolvida nas discussões”. Tanara convidou a todos para o lançamento da 4ª Coletânea TIC, Governança da Internet, Gênero, Raça e Diversidade, que é também uma publicação onde o GT Gênero, Raça e Diversidade do CGI recebeu várias submissões de artigos de relação.

A coordenadora do CGI.br e representante do Setor Governamental pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Renata Mielli encerrou as falas da mesa de abertura enfatizando o desafio social de extrair as oportunidades trazidas pela Internet e reduzir problemas e desigualdades também fomentados pela rede.

“O CGI.br é uma grande construção coletiva resultado do trabalho de muitas pessoas que desde os primórdios da Internet contribuíram para pudéssemos construir esse ambiente multissetorial, que faz com que sejamos uma referência internacional na governança da Internet. Estamos em plena transformação e a Internet e suas aplicações estão presentes em todas as dimensões da vida. O objetivo do nosso Fórum é fazer com que tenhamos mais pessoas, em cada um dos setores, debatendo, discutindo e preocupadas em como usar a Internet e suas aplicações em benefício da sociedade, do interesse público”.

A coordenadora do FIB14 acrescentou, encerrando a abertura: “Devemos lutar para que o Brasil tenha soberania tecnológica e digital para que não sejamos um país condenado a ser meramente um consumidor de tecnologia, mas produtores de tecnologias e soluções concretas para os problemas reais da população brasileira. E, por fim, devemos enfrentar uma grande doença social que é a desinformação. Infelizmente, o que nós estamos vendo acontecer diante da situação dramática que vive o povo gaúcho nos faz perceber que há quem se beneficia da desinformação, seja do ponto de vista político ou econômico. Precisamos de regulação. Esse é um compromisso que o Comitê Gestor da Internet assumiu, estabelecendo responsabilidades e princípios para todos os atores que atuam na Internet no nosso país”.

FIB14
Até esta sexta-feira (24), o FIB14 oferecerá uma programação composta por 27 workshops, que discutirão Direitos, ética e segurança jurídica das novas tecnologias; Questões regulatórias da Internet e mercados digitais; Impactos da Internet e o bem-estar da sociedade; Privacidade e segurança na Internet e proteção aos usuários; Os usos e desenvolvimento de IA nos contextos brasileiros; Inclusão digital, Internet e territorialidade; Liberdade de expressão e desinformação; Ecologia e desenvolvimento digital; Internet e questões de saúde; entre outros temas.

Além dos workshops, a programação contará também com três sessões principais que debaterão a “Tecnodiversidade e colonialismo digital: Imaginando outros futuros” (dia 22/05, às 14h), “Desafios globais para a governança do mundo digital” (dia 23/05, às 14h) e “Estratégias para pesquisa, desenvolvimento e adoção de IA no Brasil” (dia 24/05, às 14h).

Para conferir a lista e os detalhes de cada workshop, e sessão plenária do 14º Fórum da Internet no Brasil, acesse a agenda em https://forumdainternet.cgi.br/fib14/agenda.

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