Ir para o conteúdo

Ata da Reunião de 10 de setembro de 1996

Reunião de 10 de setembro de 1996

1) O Prof. Lucena descreveu a reunião de instalação do Conselho de Ciência e Tecnologia (CCT) da Presidência da República. Contou também que o CCT vai trabalhar de forma concentrada em problem as da área de ciência e tecnologia de grande relevância nacional. Já na primeira reunião lhe coube propor que a questão da inserção do país na chamada Sociedade da Informação deveria ser considerado um destes problemas de grande relevância. Quando uma Comissão especial ou grupo de trabalho for formada para atuar nesta área no CCT, o Prof. Lucena se encarregará de estabelecer uma ponte entre as atividades do Comitê Gestor e as atividades do CCT.

2) A FAPERJ enviou a este Comitê, através do MCT, pleito para que se qualifique como beneficiária da tarifa especial de que trata o Decreto n° 1589, de 10 de agosto de 1995. O MCT, em consulta a sua assessoria jurídica, responde a FAPERJ negativamente, uma vez que a beneficiária no caso será a "Rede Rio de Computadores", projeto sob gestão e com financiamento da FAPERJ, que congrega várias entidades de diversas naturezas e que seriam as reais beneficiárias da tarifa. O caso em questão não está coberto pela referida Portaria e, portanto, o atendimento a este pleito contrariaria o disposto no art. 2° do primeiro Diploma e aos arts. 2°, 4° e 5° da mencionada Portaria. Por fim, é sugerido a FAPERJ que seja realizada, com a concordância da Embratel, espinha dorsal na qual a FAPERJ é ligada, individualmente a qualificação de cada potencial beneficiária, com o requerimento e a indispensável apresentação de documentos que comprovem ser esta instituição entidade favorecida pelo Decreto n° 1589/95.

3) A apresentação do Projeto de Conectividade do SENAI foi feita pelo Diretor do CIET/SENAI - Dr. Paulo Roberto Krahe. A Rede Nacional de Tecnologia é um projeto do SENAI/DN - Departamento Nacional, coordenado pelo CIET, que tem como objetivo interligar a maioria dos Centros de Tecnologia, Centros de Formação Profissional do Sistema CNI/SENAI e entidades representativas da Indústria, tais como a própria Confederação Nacional da Indústria e suas diversas Federações regionais. Esta rede, adicionalmente, habilitará o acesso à Internet para todos os seus participantes, permitindo a troca de informações com entidades internacionais de ensino ou relacionadas a indústria. O alcance deste projeto é desafiador, esperando conectar cerca de 300 pontos dispersos em todo o território nacional até o fim de 1997. A principal missão desta rede é facilitar o intercâmbio de informações e experimentos tecnológicos gerados nos 40 Centros de Tecnologia do SENAI com as indústrias de todo o Brasil nas suas 23 áreas de especialização. Este mesmo instrumento de comunicação agilizará a constante reciclagem das 960 escolas e Centros de Formação Profissional do SENAI, também através do acesso mais fácil às informações tecnológicas dos Centros de Tecnologia. Existe na instituição uma grande preocupação de modernização de suas escolas uma vez que a instituição corre riscos de cortes por conta da política de Custo Brasil. O Centro no Rio de Janeiro, por exemplo, que é um núcleo de pesquisa, trabalho, educação e tecnologia atendeu a 2 milhões e 400 mil estudantes no ano passado. Entretanto, o modelo educacional ora vigente é ainda antigo - escolas ainda com ensino convencional sem uso de novas tecnologias. Com isso os custos são altos e o retorno educacional se limita a formar mão de obra quase obsoleta e não qualificada para atuação em uma sociedade da informação. O SENAI também deverá solicitar uma ligação a RNP tendo em vista que as indústrias a ele conectadas não podem se limitar ao tráfego acadêmico que é o que acontece atualmente através da Rede Rio (onde o SENAI está ligado hoje), que não permite tráfego comercial em suas linhas.

4) O Engº Aloysio Xavier, membro do sub-grupo de Pontos de Interconexão de Redes do GT de Engenharia de Redes do CGI.br, faz uma pequena apresentação sobre os assuntos até agora discutidos neste sub-grupo sobre os Pontos de Interconexão de Redes. Todo o trabalho que este grupo vem desenvolvendo pode ser acessado no endereço http://www.embratel.net.br/gt-intercon. Existe também uma lista de discussão intercon-l@ci-sp.rnp.br onde qualquer um pode colocar sua opinião, dar sugestões etc. Já houve uma reunião desse grupo para discussão dos tópicos relevantes e haverá outra reunião pública na COMDEX no dia 11 de setembro. Estão sendo preparadas várias sugestões para a instalação desses pontos e, o maior debate, no momento, está na definição da localização dos PIRs (Pontos de Interconexão de Redes) porque, por questões de engenharia, a localização deles está mais ligada ao aspecto de volume de tráfego em cada cidade e, por isso, a primeira sugestão de 3 PIRs (Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília) é discutível, uma vez que o volume de tráfego via Brasília ainda nao é grande o suficiente para justificar a instalação de um PIR naquela cidade. Ou seja, baseados somente em aspectos de engenharia de redes, nao há razão para implantação de um PIR em Brasília. No momento, seria mais que suficiente montar um PIR em São Paulo e outro no Rio de Janeiro. Estão sendo discutidos também os equipamentos necessários para a operação destes Pontos, o modo como seria feita a administração dos mesmos, o local mais apropriado para instalação dos mesmos e etc. O CGI acredita que toda esta operação estará definida até o final deste mês e a instalação dos Pontos deverá acontecer a partir de outubro próximo.

5) Outros Assuntos:

a) O Engº Aloysio Xavier, agora representando a EMBRATEL aproveita a oportunidade para apresentar modificações no backbone da Embratel. A empresa já está com 7 links internacionais de 2 mega e roteadores em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasilia, o que é chamado de "núcleos de backbone". As operadoras locais do Sistema Telebrás, em acordo com a Embratel, estão se ligando a ela através de conexão dedicada e brevemente todas as teles estarão conectadas ao backbone da Embratel.

b) A Secretaria Executiva do CGI.br relata ao Comitê Gestor alguns problemas ainda pendentes em relação a solicitação de registros de domínio. Dr. Demi Getschko assume a tarefa de responder a todas as pendências e repassar suas respostas para os membros do CGI.br para que todos tenham conhecimento do andamento das questões.